Explico. Primeiro, o ibope de 4-7/12, divulgado em 16/12/10, mostra dados impressionantes sobre a popularidade do Presidente Lula, 87%, e do governo, 80%; a pesquisa afirma com precisão de mais ou menos 2% que garante 90% de confiança. Segundo, o censo escolar discorda da otimista avaliação oficial do governo, no item “educação”, e mostra que o número de alunos vem decaindo em dezenas nos últimos anos: de 9,5 milhões em 2003 e 8,9 milhões em 2006, para 7,9 em 2009.
Não, não estou misturando porcentagem com termos de grandeza numérica. A coisa é outra. O que me parece é que tanto número colocado dessa maneira dá a impressão de verdade e de realidade, quando, de fato, só serve para forçar o círculo vicioso da má informação e da má coleta de informação.
Confundiu mais? Explico. Primeiro, a coleta de dados não informa as localidades em que as tomadas foram feitas, e é sabido que, em termos de pensamento, nossa população não é uniformemente distribuída. Tem também a questão de que o pesquisador e a pergunta manipulam a resposta (até mesmo, o silêncio influência o pesquisado). Segundo, os números de alunos que atendem ou abandonam as escolas não são tão bem monitorados que permitam um balanço dessa precisão. Assim, alguns desses números são inexatos e, outros, apenas probabilísticos.
Por que essa consideração? Tem mais a ver com as aprovações e desaprovações do povo, seus métodos críticos e preferências, mais a ver com a mídia nascida desse povo e o círculo vicioso da crença/imaginação, do que com seus números. Uma boa ilustração do que seja esse círculo vicioso, é o dicionário, que define palavras, usando palavras. Assim, o povo mal escolado produz o noticiador e a notícia informa o povo. Aquilo em que essa maioria de 9,999% se apóia para opinar com 95% de certeza fica no ar, como em uma vasta memória virtual. É aquela coisa do “eles falaram”. “Quem?” “Eles, ué!”
O que faz girar essa roda é a paixão, que é o pensamento centrado no desejo; e desejo é coisa criada por necessidade; e necessidade, hoje, é criada pelo mercado e pelo consumo, oscilando entre o gosto pelo entretenimento (imperioso, se regrado) e o dever (não fosse esse dever requerido dos outros em função do nosso “jeitinho nacional”).
O cristão, pelo menos, poderia saber mais do que isso. Tiago, irmão de Jesus e autor da carta bíblica que leva seu nome (Tiago 1.9-27), quer que o cristão “seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. É preciso notar que nosso povo anda irado, às vezes, sem saber por quê. Assim, não dá ouvidos à verdade e fala o que vem à cabeça. A injustiça que sente não tem nada a ver com a injustiça de opera. “O governo cobra muito imposto; desse jeito, eu não pago”, diz o dono do bar. “Nem eu”, diz o do outro lado do balcão. “Então, eu aumento o preço da pinga”, replica o esperto. (Obrigado, Chico, pela ilustração.) Vai daí, que impera a babel; a imaginação da notícia de jornal da manhã seguinte traz: Lula não conseguiu vencer a criminalidade: 50% dos que estavam um bar mataram os outros 50% (com 2% de variação para mais ou para menos. A arma do crime, pensa o leitor, é a injustiça social.
Tiago, entretanto, continua, dizendo que “a ira do homem não produz a justiça de Deus”, isto é, o sentimento de injustiça do homem não produz a verdadeira justiça do amor de Deus. Uma porcentagem de homens bons ou maus não rege os padrões de comportamento de uma sociedade. O que rege, na realidade, é a crença que cada indivíduo tem em relação a Deus. É claro que, para exatidão desse dado, temos de localizar a fonte da informação: a pessoa humana não é como era para ser, em função de a humanidade (em Adão) ter se rebelado contra Deus, estando, assim, carente do reflexo de seu caráter (Bíblia, Romanos 3.23). Do lado de lá da vida, cada um crê naquilo que percebe, e como não tem a luz do entendimento de Deus, imagina sombras da realidade e segue as próprias conclusões.
A proposta de Tiago é que o comportamento individual e coletivo seja despojado de impureza e maldade por meio do acolhimento da palavra de Deus, a fim de que verdade e justiça determinem o relacionamento freguês/proprietário e governo/povo. Sem essa palavra, não haverá conversa e tudo se resumirá a um “cada um por si e o diabo para todos”. Entretanto, há outra coisa: sozinho ou em turma ninguém muda a natureza. Para tirar a roupa das atuais condição e situação, somente com a interferência de Deus. É isso que está escrito em outro lugar da Bíblia: assim “aprendestes a Cristo... no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo... as [paixões] do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento” (Efésios 4.20b-23).
Com a palavra de Deus implantada na alma, será possível mudar a natureza humana e o comportamento do indivíduo e da sociedade. Mas, olhe: Tiago adverte que, para ser efetiva, essa palavra tem de ser ouvida e praticada. Caso contrário, será como alguém que se olha no espelho e, depois, indo embora, esquece-se de como era feio. Aquele que considera a lei da liberdade (liberdade com responsabilidade), diz ele “será bem-aventurado no que realizar. Especialmente, dominará o ouvido e a língua, e não se deixará levar pelo engano do próprio coração, vivendo uma religião que não é vã. “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.
Se for assim, não creio que 50% das pessoas ou sociedade vivam nessa paz, mas se 10% vivessem, 100% viveriam melhor. A aprovação ou reprovação do Presidente ou do governo seria feita com honestidade por uma minoria que constrangeria a maioria ao acato às autoridades civis, que são constituídas por Deus. A escola seria uma atração exercida por motivos justos, do conhecimento e do preparo, regulada por méritos e não por medidas coercitivas, e a comunicação seria clara, sadia e proveitosa.
Não, não estou misturando porcentagem com termos de grandeza numérica. A coisa é outra. O que me parece é que tanto número colocado dessa maneira dá a impressão de verdade e de realidade, quando, de fato, só serve para forçar o círculo vicioso da má informação e da má coleta de informação.
Confundiu mais? Explico. Primeiro, a coleta de dados não informa as localidades em que as tomadas foram feitas, e é sabido que, em termos de pensamento, nossa população não é uniformemente distribuída. Tem também a questão de que o pesquisador e a pergunta manipulam a resposta (até mesmo, o silêncio influência o pesquisado). Segundo, os números de alunos que atendem ou abandonam as escolas não são tão bem monitorados que permitam um balanço dessa precisão. Assim, alguns desses números são inexatos e, outros, apenas probabilísticos.
Por que essa consideração? Tem mais a ver com as aprovações e desaprovações do povo, seus métodos críticos e preferências, mais a ver com a mídia nascida desse povo e o círculo vicioso da crença/imaginação, do que com seus números. Uma boa ilustração do que seja esse círculo vicioso, é o dicionário, que define palavras, usando palavras. Assim, o povo mal escolado produz o noticiador e a notícia informa o povo. Aquilo em que essa maioria de 9,999% se apóia para opinar com 95% de certeza fica no ar, como em uma vasta memória virtual. É aquela coisa do “eles falaram”. “Quem?” “Eles, ué!”
O que faz girar essa roda é a paixão, que é o pensamento centrado no desejo; e desejo é coisa criada por necessidade; e necessidade, hoje, é criada pelo mercado e pelo consumo, oscilando entre o gosto pelo entretenimento (imperioso, se regrado) e o dever (não fosse esse dever requerido dos outros em função do nosso “jeitinho nacional”).
O cristão, pelo menos, poderia saber mais do que isso. Tiago, irmão de Jesus e autor da carta bíblica que leva seu nome (Tiago 1.9-27), quer que o cristão “seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. É preciso notar que nosso povo anda irado, às vezes, sem saber por quê. Assim, não dá ouvidos à verdade e fala o que vem à cabeça. A injustiça que sente não tem nada a ver com a injustiça de opera. “O governo cobra muito imposto; desse jeito, eu não pago”, diz o dono do bar. “Nem eu”, diz o do outro lado do balcão. “Então, eu aumento o preço da pinga”, replica o esperto. (Obrigado, Chico, pela ilustração.) Vai daí, que impera a babel; a imaginação da notícia de jornal da manhã seguinte traz: Lula não conseguiu vencer a criminalidade: 50% dos que estavam um bar mataram os outros 50% (com 2% de variação para mais ou para menos. A arma do crime, pensa o leitor, é a injustiça social.
Tiago, entretanto, continua, dizendo que “a ira do homem não produz a justiça de Deus”, isto é, o sentimento de injustiça do homem não produz a verdadeira justiça do amor de Deus. Uma porcentagem de homens bons ou maus não rege os padrões de comportamento de uma sociedade. O que rege, na realidade, é a crença que cada indivíduo tem em relação a Deus. É claro que, para exatidão desse dado, temos de localizar a fonte da informação: a pessoa humana não é como era para ser, em função de a humanidade (em Adão) ter se rebelado contra Deus, estando, assim, carente do reflexo de seu caráter (Bíblia, Romanos 3.23). Do lado de lá da vida, cada um crê naquilo que percebe, e como não tem a luz do entendimento de Deus, imagina sombras da realidade e segue as próprias conclusões.
A proposta de Tiago é que o comportamento individual e coletivo seja despojado de impureza e maldade por meio do acolhimento da palavra de Deus, a fim de que verdade e justiça determinem o relacionamento freguês/proprietário e governo/povo. Sem essa palavra, não haverá conversa e tudo se resumirá a um “cada um por si e o diabo para todos”. Entretanto, há outra coisa: sozinho ou em turma ninguém muda a natureza. Para tirar a roupa das atuais condição e situação, somente com a interferência de Deus. É isso que está escrito em outro lugar da Bíblia: assim “aprendestes a Cristo... no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo... as [paixões] do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento” (Efésios 4.20b-23).
Com a palavra de Deus implantada na alma, será possível mudar a natureza humana e o comportamento do indivíduo e da sociedade. Mas, olhe: Tiago adverte que, para ser efetiva, essa palavra tem de ser ouvida e praticada. Caso contrário, será como alguém que se olha no espelho e, depois, indo embora, esquece-se de como era feio. Aquele que considera a lei da liberdade (liberdade com responsabilidade), diz ele “será bem-aventurado no que realizar. Especialmente, dominará o ouvido e a língua, e não se deixará levar pelo engano do próprio coração, vivendo uma religião que não é vã. “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.
Se for assim, não creio que 50% das pessoas ou sociedade vivam nessa paz, mas se 10% vivessem, 100% viveriam melhor. A aprovação ou reprovação do Presidente ou do governo seria feita com honestidade por uma minoria que constrangeria a maioria ao acato às autoridades civis, que são constituídas por Deus. A escola seria uma atração exercida por motivos justos, do conhecimento e do preparo, regulada por méritos e não por medidas coercitivas, e a comunicação seria clara, sadia e proveitosa.
Wadislau Martins Gomes
2 comentários:
ih! Eu ainda não fui pesquisado!
Com algumas reservas,aprovo o presidente Lula e seu governo.
Deus salve o Presidente!
Caro Salomão,
Diante de Romanos 13: 1-7, ecoo suas palavras: "Deus salve o Presidente!"(o que sai e a que chega...)
Bênçãos!
Wadislau
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