sábado, abril 20, 2013

PARA VIVER UM GRANDE AMOR


 
Das comunicações que recebo, há um tema que sempre aparece e grita – do topo das montanhas e do fundo do poço! É o desejo de amar, de ser amada, de ter amor como razão de vida. Alguns de meus amigos são bastante jovens – foram meus alunos juniores de escola dominical; outros conheço de quando eu era igualmente jovem e já sonhávamos com um grande amor. Entre minhas colegas de sonhos e realizações, descobri algumas características constantes e alguns fatores surpreendentes sobre a sua história do coração.

Sou abençoada, privilegiada mesmo, por ter encontrado no amor de Deus o rumo para toda minha vida. E, ainda nova, um companheiro fiel que me estimula a amar cada vez mais e a cada passo investir mais pesado na realidade simultaneamente leve e sólida da criatura imperfeita que sou, portando o amor perfeito de um Deus infinito, graciosamente dado a pessoas quebradas, distorcidamente pecadoras. Observo diversas características nas querências expressas por velhos e novos amigos.

Primeiro, falo aos jovens, porque terão de ter e desenvolver por mais tempo o amor que anseiam. Quanto ao casamento, o apóstolo Paulo destaca uma característica inicial imprescindível: quem é solteiro é “livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor”. Se você, cristão, está livre para casar, a ressalva é inegociável – que seja no Senhor! Começar uma vida a dois com duas cabeças em luta constante não é apenas difícil – é assumir uma monstruosidade para toda sua vida. Alguém pode argumentar que o próprio trecho de Coríntios sete menciona casamentos de cristãos com descrentes – mas o faz pensando em casais já formados, e diz que se o descrente quiser sair do relacionamento, deixe-o ir! Temos exemplos de gente crente que casou com descrente e “deu certo” – mas a falta inicial de unidade de fé já é mau começo. Concordo que há aqueles rotulados de cristão – e não o são. Talvez, entre esses poderá haver um tipo de amor que lhes permita uma convivência pacifica. Mas os valores do casamento não serão cristãos, e não sobreviverão às tempestades da vida.

O refrão de Cantares de Salomão reverbera em minha mente: “Conjuro-vos (...) que não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira” (Ct 2.7, 3.5; 5.8). Não se apresse em provocar um amor, não tenha como meta de vida encontrar o amor! Alguém pode dizer: “É, pra você falar é fácil; apaixonou-se cedo, casou-se aos dezoito...” Sim, pela misericórdia de Deus, o amor me encontrou e despertou em nós na juventude – mas não era cedo, pois havia maturidade dada por Deus para uma vida assumida diante dele.

Moças e moços fazem conjeturas sobre o que procuram no amor, seus anseios e ansiedades. Contudo, precisam investir, antes de tudo, no amor a Deus, pois só saberemos amar o próximo quando houver primeiro o amor a Deus. Os livros de Lewis, Quatro Amores e Peso de Glória, destacam isso de forma magistral. E olha que C. S. Lewis foi solteiro durante boa parte da vida, surpreendido com Joy por um amor maduro e abnegado quando ela já estava com câncer e tinha um casamento falido e dois filhos a tiracolo.

Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo é sine qua non – e continua sendo o segredo do amor realista com esperança que o cristão assume e desenvolve. Não “acontece” num lance romântico ou numa “química” natural e instantânea! Como na salvação, o amor tem de ser nutrido, desenvolvido “com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.12-13).

Alguns amigos mais maduros se encontram desejosos de amor humano. Duas categorias principais me vêm à mente: os que continuam solteiros depois de anos de aprimoramento pessoal e oração fervorosa por encontrar o desejado “par”, e os que foram casados e hoje estão descasados e desiludidos por causa das vicissitudes da vida.

Tenho amigas inteligentes, bonitas, excelentes profissionais, cristãs comprometidas com o Reino, amorosas com os necessitados e que tratam bem crianças, idosos e outros cristãos igualmente “livres e desimpedidos” – que são ignoradas “por aquele que bem poderia casar com ela!” Alguns amigos também se encontram nessa categoria. A tendência de uma pessoa bem casada, quando vê irmãos nessa situação, é tentar bancar o cupido e forçar alianças – mas o coral de Cantares diz: “Não desperte o amor até que esse o queira”! Esses amigos não são contra o casamento – apenas são cautelosos (às vezes em excesso) e não querem compromisso que não estejam prontos a assumir. Uns se casam com mulheres bem jovens, outros, com pessoas em faixa etária e condições semelhantes, talvez viúvas, até mesmo trazendo ao casamento filhos de outro, e encontram, porque estão no Senhor, vidas revigorantes e renovadas. Diversos “descobrem” o amor após os quarenta anos e constante solidão, e passam a viver uma vida rejuvenescida que dá alento a todos que a cercam.

Duro é ver a fileira de pessoas que entregaram tudo por amor, gastaram e se deixaram desgastar, e foram traídas ou abandonadas, quando elas mesmas não traíram nem abandonaram o primeiro amor. A pessoa que ficou “sozinha com Deus”, mesmo quando a fé não foi abalada, ainda ficou com dores profundas. Às vezes as próprias amarguras por relacionamentos desfeitos impedem-na de encontrar amor renovado (novamente, em Deus primeiro, para depois o encontro do outro). Não podemos julgar precipitadamente, e sabemos que afinal, é o Senhor de toda consolação que permite a perda e a restauração, mas tais pessoas às vezes se fecham (por razões boas ou não) para um novo amor e terão de conviver com essa carência  – com a graça de Deus. Outros, pela mesma graça e misericórdia, redescobrem o amor – e a nova alegria contagiante traz consolo e esperança a muitos irmãos.

Uma palavra de cautela: aquele que foi infiel, que preferiu pastos alheios ou travou lutas irreconciliáveis, poderá, deverá, ser restaurado – mas sabedor das dificuldades advindas. Poderá até ser maior, mas não será o mesmo. Por exemplo, um pastor de igreja, se continuar no pastorado, terá de lidar mais abertamente com sua fraqueza. Temos exemplos disso na Palavra. Davi foi restaurado depois de seu horrendo pecado – mas foi impedido de construir a casa do Senhor!

Temos alguns amigos que casaram depois de sofrer viuvez. Aprenderam a ajustar-se às diferenças e não cobrar o mesmo tipo de relacionamento que tiveram antes com outra pessoa. Carregam bagagens complicadas e têm de depositar diariamente aos pés da cruz os fardos que lhes são pesados.  Nisso, jovens, maduros e velhos – todos temos de continuar a crescer em amor. Não é sobre o que eu quero, eu sonho, eu ganho – no amor de Deus, o foco estará sempre no outro – e se multiplica, aquecendo nosso próprio coração, transformando nosso pensamento e nossos atos de forma a ser, em vez de ter um grande amor.

Recebi convite de uma amiga para as bodas de diamante de seus pais (setenta e cinco anos!) – um casal muito especial cuja vida toda testemunha a glória e graça do Senhor. Desejo esse tipo de relacionamento com o amor de minha vida – que envelheçamos juntos, sabedores de que “o melhor está para vir”.

Anos atrás, Wadislau escreveu uma poesia baseada em 1Coríntios 13:

Amar é mais do que falar de amor,
é mais que som, além da expressão.
Amor é intensa vida interior
extravasando o próprio coração.
Amar é mais que êxtase ou encanto,
é mais que som de címbalo ou de sino,
é o riso que se segue ao pranto,
é música que paira após o hino.
Amar é sendo Deus, romper a vida,
derramar-se em humana e rubra dor,
e irromper, da morte já vencida,
amar é ser o amor do seu amor,
é ter-te, Salvador, Senhor assim,
como na cruz tu carregaste a mim!
 
Elizabeth Gomes

quarta-feira, abril 10, 2013

SUICÍDIO


 
O primeiro suicídio que me comoveu foi de uma jovem linda e inteligente que começou a frequentar a igreja pastoreada por Wadislau. Converteu-se, e numa tarde de domingo, não acompanhou a família para almoço em restaurante – em vez disso, aproveitou o momento sozinha para disparar o revolver de seu pai contra o próprio coração. Semana passada li um comovente livro de Danielle Steel – não um bestseller como ela costuma produzir prodigamente há mais de trinta anos – mas o relato pessoal e verídico da vida de seu filho, Nick, e sua morte aos vinte anos de idade, depois uma luta acirrada contra uma doença mental. Hoje, soubemos da morte do filho do líder evangélico, Rick Warren. Há alguns anos, meu sobrinho tirou a própria vida, deixando um filho bebê e uma viúva de vinte anos de idade. Minha cunhada jamais recuperou da dor daquela perda. Menos de um ano depois, outro parente se matou. Depois outra. Uma família muito querida que já sofrera o assassinato do esposo e pai sofreu ainda a tragédia de ver o filho e irmão tirar a própria vida. Outro casal que serve ao Senhor com integridade perdeu o filho na casa dos vinte anos, e, como grande parte dos suicídios, não sabe se a morte por overdose foi acidente ou proposital.

A OMS afirma que cerca de um milhão de suicidas – na maioria, jovens – morrem a cada ano. Na morte auto-afligida, ficam dúvidas e perguntas sem fim. Até “entendemos” quando o suicida tinha severos distúrbios mentais ou emocionais. Parece que alguns desses “meninos perdidos” eram afligidos desde bem novos, ainda que fossem criados por pais bondosos em situações familiares estáveis. Seria culpa da droga? Da família? Do sistema que os ignorou? Da igreja? Da soma de fatores que tornou a vida insuportável? E o suicida, está implacavelmente condenado?

Certa vez um pai, diante da constatação de sérios erros de uma filha, disse: “É a pior coisa que podia acontecer”. Outro pai, esse cujo filho tirou a própria vida, disse àquele: “Não, não é. Pior é o filho tirar a própria vida”. Ambos os pais estavam certos, pois o pior pesadelo é sempre ver os filhos fazendo escolhas irreversíveis e fatais, quaisquer que sejam.

Nem sempre o ambiente de origem (pais e outros) tem culpa no cartório. Quando o filho tem pais cristãos de caráter íntegro, e ele próprio desmonta a cada passo (como no caso na mídia internacional recente) não podemos lançar a culpa sobre a família. Um grande pregador e mestre relata (no livro Bom demais para ser verdade) o chocante caso verídico de seu colega de ministério que tirou a própria vida Ele responde à pergunta quanto à condenação eterna do suicida, com outra pergunta: “É possível matar uma vida eterna? Se foi salvo pela graça mediante a fé, sem obras de mérito, somente por Cristo, alguém poderá fazer qualquer coisa que anule a graça, o favor imerecido de Deus?”

Meus amigos Charles e Janet Morris escreveram sobre a vida atribulada e morte questionada de Jeff, com o nome Salvando uma vida, onde falam como Deus tratou de seus corações e curou muitos outros com a perda irreparável de seu filho. Embora existam muitas famílias cristãs onde é gritante a diferença entre o que se prega e o que se vive, não era o caso dos Morris.

O que fazer quando um jovem suicida? Primeiro, orar pelos que ficam; apoiar a família sem fazer juízo quanto aos motivos ou destino daquele que tirou a vida. Essa oração não pode ser apenas no velório ou enterro, formal ou de chavões. Deverá permear todos nossos atos em todo tempo – e acompanhar nossos irmãos até quando todo mundo pensa que “já se recuperaram” – sem julgamentos. A mesma Bíblia que diz “Não matarás” deixa implícito que aquele que odeia seu irmão já matou no coração – cada um e todos são passíveis de pecados semelhantes.

Além da oração e do apoio espiritual, os enlutados, muitas vezes, carecerão de apoio material em diversos aspectos. Alguns dos casos que relatei acima eram de pessoas que tinham todos os recursos financeiros possíveis, mas outros estavam empobrecidos por anos de tratamentos dispendiosos, constantes gastos inesperados e toda espécie de necessidades. Ao oferecer ombro amigo a quem teve perda irreparável, às vezes teremos de mostrar nossa fé na prática, abrindo mão de algum conforto ou luxo legítimo em nossa própria vida para compartilhar com o irmão que sofre. Poderá ser algo tão simples como uma assadeira de lasanha ou complicado como um almoço para dez parentes em uma churrascaria ou cuidar de sua criancinha por uma tarde ou um dia. Poderá ser um dia ou dois ajudando na faxina ou passando roupa da família que perdeu o filho ou até ajudando a organizar os pertences para doação daquele que se foi. São coisas pequenas e grandes que fazem diferença e declaram a alto e bom som: “Estamos aí para ajudar no que pudermos!”

Além de dar apoio prático e logístico, devemos exercitar o amor escutando a pessoa que perdeu alguém. Não é só falando – mas escutando o que ela diz e o que ela não fala – que a ajudaremos a lidar com a dor e o luto. Assim, ela estará apta a ouvir a Palavra de Deus no tempo certo.

Quando meu pai morreu (não por suicídio, mas câncer), um grupo de jovens cantou no sepultamento o que mais me consolou. Foi aquilo que Jesus leu do profeta Isaías, na sinagoga em Nazaré, no início de seu ministério na Galiléia:

O Espírito do Senhor está sobre mim,
pelo que me ungiu para evangelizar os pobres;
enviou-me para proclamar libertação aos cativos
e restauração da vista aos cegos,
para pôr em liberdade os oprimidos,
e apregoar o ano aceitável do Senhor.

É a missão de Jesus que temos de viver, evangelizando, proclamando libertação, restauração e apregoar o ano aceitável do Senhor. É Jesus que consola o inconsolável – e isso inclui os familiares e amigos dos que se cansaram da vida. Temos ainda de ficar atentos e oferecer alento àqueles que um dia contemplem a possibilidade, pois o suicídio não acontece apenas em famílias desestruturadas ou descrentes. Aos familiares do suicida, temos de oferecer o amor de Cristo como a qualquer irmão ou estranho que sofre a dor de perdas irreparáveis. Não é hora de fazer conjecturas ou juízos sobre coisas que nós desconhecemos. Um dia, na presença do Senhor da Vida, poderemos perguntar face a face alguns porquês, certos de obter resposta daquele que entregou sua própria vida em morte violenta, por amor de pecadores indignos como nós!
Elizabeth Gomes

terça-feira, abril 02, 2013

VARIAÇÕES SOBRE ORAÇÃO*


 
Certamente, você é um homem de oração. Quanto a mim, tenho dificuldade para manter minha comunhão verbal com Deus. Não é que não ore nem que não tenha desejo de orar. É que, no fundo, minhas incertezas, minha falta de fé, embargam meus passos no caminho da oração. “Deus é bom, mas será que é bom para mim?” A despeito de todas as experiências da intervenção sobrenatural de Deus em minha vida, a cada nova oportunidade, eu duvido que ele queira me atender. “Vai ver que eu peço mal, para esbanjar...” Como disse um apologeta, todas as minhas orações são idolatras. Todas vêm contaminadas pela minha vaidade. Graças a Deus pela sua provisão, até mesmo, para a fraqueza da minha oração: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8.26).

O desconhecimento da doutrina da oração amarga a vida de muitos em nosso meio. Tomamos emprestado do mundo um conceito de oração que nem de longe corresponde à oração bíblica. Assim, Jesus, sabedoria e poder de Deus (cf. 1Coríntios 1.18-31),  orienta nossa vida de oração, dizendo:

E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém! (Mateus 6.5-13).

Outra vez, certamente você não é hipócrita. Quanto a mim, sou meio maroto. Se me encontro naqueles muitos momentos de insegurança que me assaltam, e me perguntam: “Como vai?”, rápido, respondo: “Tudo bem! Na paz!” Também, não vou ficar por aí, espalhando minhas vergonhas. Outras vezes, a fim de defender posições indefensáveis, desfio um cordão de lamentações: “A gripe...” ou “essa dor do lado... vai do coxão mole até o chã de dentro...” Quantas vezes preguei sobre o amor depois de ter brigado com minha esposa. Ou preguei sobre confiança em Deus quando desconfiava que ele não suprisse para as necessidades financeiras do momento. Nessas instâncias, a oração pública, geralmente, sai como o som da trombeta, heróica, longa e... vazia.

Porventura, não sei que Deus é santo e que sua vontade é sempre boa, perfeita agradável? Não conhece ele as minhas necessidades antes mesmo que eu as apresente? Ora, a razão principal pela qual Deus quer que eu ore não é para que ele, onisciente, venha a conhecer o de que eu preciso. Nem é pelo tamanho, quantidade ou qualidade de minha oração que ele me ouve. Também não é pela minha ousadia na oração “positiva” que ele me atende. O que Deus quer é que eu ore para que o conheça e à sua vontade, e entenda as minhas reais necessidades. Minha necessidade? Dele mesmo, cujo nome tem de ser santificado! Isso significa que o dom do acesso à oração, dado à família que leva seu nome, não pode ser usado para usurpar-lhe o poder. Não há coisa tal como oração poderosa. Todas são fracas – poderoso é o santo que ouve e responde orações feitas em nome de Jesus, segundo sua vontade. Não preciso também de que ouçam as coisas que falo com Deus, senão as coisas que falo e faço em relação aos outros. Orações públicas pressupõem causas públicas. Alguns entendimentos e vergonhas secretas deverão permanecer secretos. Preciso do Pai que está nos céus, preciso ser santo como ele é santo, a fim de adorá-lo e usufruir o processo de glorificação do seu nome. Preciso viver a realidade do seu reino de graça, isto é, de justiça e amor. Preciso de que ele faça sua vontade em minha vida, plasmando em mim a beleza do seu caráter. Certamente Deus transformará o meu caráter à luz de toda sua bondade. Deus ouve e atende orações, primeiro, porque ele é bom e, segundo, porque ele recompensa o entendimento e acato de sua vontade.

Wadislau Martins Gomes

*Excerto do livro Quem cuida de quem cuida? (Editora Cultura Cristã).